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ComCiência

versión On-line ISSN 1519-7654

ComCiência  no.142 Campinas oct. 2012

 

REPORTAGEM

 

Brasil recebe feira internacional de ciência, tecnologia e inovação

 

Romulo Augusto Orlandini*

 

 

Entre 23 e 25 de outubro, o Brasil estará no centro de mais um grande evento internacional. Só que, desta vez, o destaque será para a ciência e divulgação científica. O país é a primeira sede na América Latina da Empírika, evento bienal e itinerante inaugurado em 2010 na Espanha. Naquele ano, foi criada a Feira de Ciência, Tecnologia e Inovação, com o objetivo de ampliar as possibilidades de participação pública na C,T&I e democratizar o conhecimento, e fazendo isso entre países da Ibero-América. Este ano, a feira será realizada em São Paulo e contará com inúmeras atividades que irão contribuir para a disseminação da cultura científica.

 

 

O primeiro passo foi dado em julho com a inauguração do site do evento: www.empirika.org e a disponibilização das condições para participação no evento. Entre as atividades propostas, será realizado um seminário sobre comunicação, divulgação e percepção de ciência e tecnologia. A versão brasileira da feira trará novidades: instituições científicas, tecnológicas e culturais e empresas, além de ocuparem o espaço físico na Expo Barra Funda, em São Paulo, contarão também com um espaço virtual: a Pólis Empírika.

Para o coordenador geral do evento no Brasil e coordenador do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp (Labjor), Carlos Vogt, a principal virtude em montar uma cidade virtual do conhecimento será a divulgação científica continuar acessível ao público após o fim da própria feira. "Nesse sentido, é uma feira permanente", disse Vogt. Ele afirmou que a novidade introduz um quê de contemporaneidade ao evento. "Estruturalmente, permite que o evento não dependa do tempo e espaço da feira e permaneça como um espaço de interação dos estudos ao longo da trajetória entre 2012- 2018", disse.

A Empírika foi concebida para propiciar a divulgação de conceitos, métodos e experiências, colocando a população em contato direto com a ciência e democratizando o acesso ao conhecimento. Vogt ressaltou que a proposta da feira é ser um elemento a mais que contribui para a cultura científica brasileira, ajudando a despertar o interesse para a ciência. "Queremos despertar a simpatia em relação à ciência para formar o amador de ciência em sentido não profissional - ainda que este possa vir a ser", disse.

Ana Victoria Pérez Rodriguez, gerente da Fundación 3Cin (Centro de Estudios de la Ciencia, la Cultura Científica y la Inovación) - entidade que idealizou a Empírika e realizou a primeira feira - disse que o evento foi concebido pensando no conhecimento científico e tecnológico como parte integrante da cultura dos povos.

"Nesse sentido, quando esboçamos a Empírika, o fizemos com um formato muito similar aos festivais culturais, nos quais se busca a participação e integração das diferentes manifestações artísticas, musicais, teatrais, etc., na vida cotidiana e nos espaços públicos", afirmou.

Ana Victoria Rodriguez, que também é diretora da Agência de Notícias para a Divulgação da Ciência e Tecnologia (DiCYT), complementou dizendo da importância no intercâmbio de conhecimentos e experiências relacionadas com C,T&I entre os países que compõem a Ibero-América.

"Não se tratava tanto de apresentar a ciência e a tecnologia como atividades curiosas, cujos benefícios estão somente ao alcance de alguns privilegiados, mas também como parte de nosso acervo cultural", disse. Ela ainda complementou dizendo que tal acervo científico vai se enriquecendo com o tempo independente dos locais, uma vez que "a ciência está em todas as partes" - lema norteador da Empírika.

A primeira edição da feira foi realizada em Salamanca, na Espanha. Depois do Brasil, o evento segue para outros países, como México e Colômbia. Em 2018 retorna a Salamanca, quando a Universidade de Salamanca (Usal) completará 800 anos.

 

Foco nas instituições

Um dos focos da Empírika 2012 é destacar o papel das universidades, centros de pesquisa e empresas na construção e disseminação do conhecimento. No Brasil isso ocorrerá de maneira exemplar: são esperados cerca de 8 mil visitantes por dia para visitar 30 estandes onde estarão expostos materiais de divulgação científica de instituições de pesquisa, universidades e museus. Além disso, também ocorrerão atividades interativas como oficinas de animação, de jornalismo científico e atividades culturais como contação de histórias.

Paralelamente onde vai ocorrer a Empírika os participantes também poderão conhecer a Feira Tecnológica (Feteps) do Centro Paula Souza. Os alunos vão apresentar ao público projetos de pesquisa, produções culturais, serviços e experiências bem sucedidas das escolas técnicas e faculdades de tecnologia do centro.

A Empírika conta também com uma Fan Page no Facebook (http://www.facebook.com/empirika): e uma conta no Twitter (@Empirika_2012). Os interessados em receber informações atualizadas podem se cadastrar.

 

 

* 10/10/2012